Originalmente criada em 2006, através do Projeto Crescer seu objetivo era atender Pessoas com Deficiência Intelectual em situação de vulnerabilidade social. Suas atuações eram pautadas a partir do contexto socioeducativo e de inclusão social. A partir de 2015 com a reestruturação da Política Pública de Assistência Social, o Projeto Crescer que até então se manteve financeiramente de forma filantrópica, por via de doações físicas e voluntárias, passa a contar com subvenções públicas e expandir seu atendimento. Em 2017 a Tipificação que norteia os eixos das proteções sociais, direciona o Projeto Crescer para se transformar em Centro Dia e sua atuação através da média complexidade passa a atuar com o mesmo princípio voltado ao amplo desenvolvimento da Pessoa com Deficiência, porém, tendo sido, legitimada pelo Sistema Único de Assistência Social, como mais um equipamento de oferta de garantia e proteção de seus direitos. Atualmente o Centro Dia Crescer atende em média 30 pessoas, através de suas subjetividades, busca potencializar suas rotinas de forma autônoma e independente. Em seu método de trabalho dividido em 3 fases, preocupa -se em permitir que o sujeito explore todos os seus sentidos e nesse foco, os indivíduos são direcionados entre etapas como iniciação, que é a convivência, a consolidação para deficientes com capacidade de inclusão em cursos profissionalizantes e inclusões profissionais no mercado de trabalho, através da lei de cotas, e a última fase o aprofundamento que diz respeito ao acompanhamento da equipe na efetivação dessa conquista, apoiando o indivíduo e seus familiares e empregadores no suporte as adequações necessárias por até 6 meses, até que este não necessite mais do acompanhamento contínuo do serviço. Foi através das atividades do Centro Dia Crescer que em seus usuários, vários deles, já sendo de outros serviços de acolhimentos institucionais para pessoas adultas, foi possível, a partir da vivência e experiência, vislumbrar o desejo de assumir então um equipamento da alta complexidade, que após todo o processo de chamamento público, a Associação tem seu Plano de Trabalho Aprovado e inicia – se então sua atuação junto a metodologia da Associação para o Público deste serviço, ou seja, pessoas entre 18 a 59 anos de idade em situação de rua, com vínculos familoares fragilizados ou rompidos. Desde Janeiro de 2019 tem sido desafiante a atuação frente a um serviço tão complexo, mas se faz cada vez mais necessário que a população de fato conheça o empenho dos profissionais e das instituições que se comprometem em desenvolver um trabalho sólido e que venha a suprir as necessidades dos sujeitos cada um em suas individualidades, sem deixar de olhar para a coletividade.
Autora Coordenadora

Ane Caroline Nabas

Assistente social, especialista em saúde mental é coordenadora técnica da Associação Presbiteriana de Filantropia de Piracicaba

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