O serviço de acolhimento para pessoas adultas em situação de rua, Núcleo de Apoio Social – Novos Caminhos, também recebe encaminhamentos de outros serviços de acolhimento, neste caso de crianças e adolescentes que ao adentrarem a idade adulta, com vínculos fragilizados e/ou rompidos, tendo em vista que no município não há outro serviço específico, são então encaminhados para o NAS.
O maior desafio então iniciou-se quando a Associação Presbiteriana aprofundou se na questão de pessoas que já estavam acolhidas, porém com a preocupação da coletividade enquanto cotidiano e individualidade de sujeitos com transtornos mentais, alguns mais velhos, outros mais jovens, com diversos hábitos e principalmente com a qualidade de vida
de jovens, recém adentrado em idade adulta, Deficientes Intelectuais, porém com comportamentos infantilizados e condicionados a outro ambiente institucional.
A tipificação de serviços sócio assistenciais aponta para esse público a Residência Inclusiva e para atender as especificidades que esse público demanda. Nesse sentido, e preocupados com a questão de resgatar suas potencialidades e estimular novos saberes, espaços e inclusão a Associação Presbiteriana elaborou um Projeto Interno e criou a CASA NAS, com características residenciais, seu objetivo é respeitar suas necessidades e integridade, uma vez que cada sujeito tem sua forma de se desenvolver, envolver e comunicar -se.
A casa Nas é composta por cuidadores
sociais 24 horas por dia, que tem por finalidade apoiar, estimular, fortalecer,
estas pessoas a partir de suas aptidões, tudo isso elaborado através de planejamentos e avaliações realizados junto a uma equipe técnica, composta por psicologia, assistente social, terapeuta ocupacional de forma interna e tem por objetivo oferecer ferramentas de atuação para esses cuidadores. Além da atenção interna esses sujeitos são estimulados a frequentar outros programas/serviços externos que venham complementar sua rotina através de suas necessidades, buscando oferecer ferramentas para que estes possam adquirir alguma autonomia e independência em atividades básicas e rotineiras.
O desafio continua, a rotina institucional quando observado o individuo enquanto
sujeito digno de proteção e garantia de direitos, num espaço coletivo, quando há necessidade de suprir pontualmente e imparcialmente com todos que ali estão e com essa atenção, entender de fato que nosso objetivo enquanto serviço de Acolhimento vai além de “acolher” uma vez que, o compromisso é maior quando há necessidade de permanecer na luta por espaços ideais.